Educar as crianças em casa (homeschooling) ou na escola formal? Apesar de não tratar do mesmo tema, a recente e constante discussão sobre como educar os filhos em dias atuais leva-me à outra questão: o que é mais importante, ser honesto ou parecer honesto? Para essa, respondo sempre que a pergunta está errada, pois de nada adianta ser e não parecer, ou parecer e não ser.
Já no caso dos pais que tem dúvidas sobre a educação de seus filhos, acredito este ser um problema por parte mais dos adultos de hoje em relação a preparação da próxima geração do que de uma verdadeira discussão sobre o papel de cada instituição, no caso a família e a escola. Enquanto a família argumenta ter o direito de fazer o que quiser com a educação do seu filho, por acreditar que a escola nada acrescenta e achar que pode fazer este papel de educador, do outro lado, vejo uma boa defesa legal, pois existem leis que estabelecem direitos, obrigações, etc, etc.
Assim como na pergunta sobre ser ou parecer honesto, a questão educação domiciliar ou formal, no meu ponto de vista, também está errada. Como educador há mais de 25 anos e pai há quase 30, tenho certeza que família e escola devem em conjunto dar as condições para o desenvolvimento saudável e autônomo da criança para que ela tenha uma vida adulta saudável e produtiva – e, neste quesito, nem a família nem a escola podem agir sozinhas.
Evidentemente podemos ter casos isolados e pontuais de famílias que conseguem bons resultados. Mas, seguramente, estes não podem ser tratados como exemplos a serem seguidos e replicados nem pelo Estado nem pela sociedade, pois é a ‘boa e velha escola’ formal que ainda tem as melhores condições técnicas para identificar as potencialidades e caminhos para a formação da próxima geração.
Por Ademar Batista Pereira, diretor da Escola Atuação e Presidente da FepeSul (Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul Sindicatos das do Brasil).
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