Os “Maranhão” da política brasileira

Vivemos um dos momentos mais interessantes da sociedade brasileira, pois estamos nos dando conta do nível dos políticos que nos representam. Descobrimos onde está o problema, na política e no custo que os políticos representam, mas nos sentimos impotentes, pois achamos que tudo isso não depende de “nós”. Nós entre aspas porque precisamos refletir, “nós” é muita gente, nunca sou eu, a culpa é minha, pois quando falamos “nós” falamos dos outros, em geral não serve para a primeira pessoa.

Então os “Maranhão”, os “Lula”, as “Dilma”, da nossa política é mérito de toda a sociedade brasileira. Eu, assim como você somos responsáveis por essas aberrações. Por ação ou na maioria das vezes por omissão deixamos os mesmos na política, não participamos de política, nem de reunião de condomínio, pois não queremos sair do conforto das nossas coisas para defender o coletivo, o uso eficiente dos recursos e da gestão eficiente da coisa pública.

Ao olharmos em volta, estamos cheios de “Maranhão” em todos os níveis da política. Na nossa cidade temos os mesmos nomes há mais de 30 anos, são os mesmos políticos, as mesmas ideias, as mesmas visões, não surpreende que tenhamos os mesmos resultados.

Se essa crise moral, de valores e financeira que estamos vivendo nos servir para maior participação na política, então terá valido a pena. Mas precisamos urgentemente deixar de falar “nós”, “todo mundo” ou “ninguém” para nos referirmos na primeira pessoa, e disponibilizar um tempo para a reunião do condomínio, da associação do bairro, no conselho de segurança e para nos candidatarmos a vereador, prefeito, deputado, governador, senador e presidente. Precisamos urgentemente participar da sociedade. Ou as pessoas que pagam a conta ocupam os espaços públicos e a política ou sempre teremos os mesmos nomes e seus herdeiros fazendo da política uma profissão familiar.

Ademar Batista Pereira – empresário, educador e vice-presidente da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares).


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